“Um dia, aos cinco anos, eu estava sentado na calçada da minha casa e passou uma motocicleta de cor prateada em alta velocidade bem na minha frente. Barulho sinfônico e cabelos ao vento. Daquele dia em diante eu tive a certeza de que só precisaria crescer para percorrer o meu destino”.
— Bozoka
Meu nome é Francisco José, mas sou conhecido por Bozoka desde a época do berço. Sou Motociclista explorador, escritor e palestrante.
Nasci em Fortaleza, Ceará, e tive uma infância com dias de pura liberdade. Adorava as atividade solo, sair pelo Bairro em longas caminhadas e sempre ia cada vez mais longe. Estudava pela manhã e durante as tardes encontrava a turma para jogar futebol e participar de batalhas de estilingue até doer. O traje era apenas um calção e pés descalços.
Morávamos em uma casa grande com quintal e muitas árvores. Nesse tempo meu pai contava histórias de suas viagens por um Brasil de pouquíssimas estradas e também de suas aventuras de navio. Era como se eu tivesse um super herói de carne e osso, um homem forte, corajoso e honesto bem ao meu lado.
Esse viajante épico aguçou a minha curiosidade em conhecer o mundo e nasceu em mim a certeza de que só precisaria resolver duas pendências: uma era crescer e, a outra, qual seria o tipo de veículo que iria utilizar para viajar.
Um dia, aos 5 anos de idade, eu estava sentado na calçada de casa quando passou um motociclista em uma moto de cor prata bem na minha frente. Barulho sinfônico e cabelos ao vento. Fiquei paralisado. Embalado em meus sonhos de criança, era como se eu tivesse visto um ser mitológico. Desse dia estava decidido e dali em diante apenas tive que esperar crescer.
Os anos foram passando e o sonho de explorar o mundo só se fortaleceu.
No início da década de oitenta, parti para a Califórnia, Estados Unidos, e vivi por lá a vida típica de um imigrante. Fui padeiro, entregador, jardineiro, cozinheiro e até motorista de caminhão. Éramos três Brasileiros morando na mesma casa e, na nossa garagem, as motos nos aguardavam para muitas aventuras.
Esses dez anos entraram para a história como The Crazy Eights que, em tradução livre, significa “Os loucos anos oitenta”. Trago memórias marcantes dessa época e foi de lá que parti em minha primeira Expedição de Moto, de San Francisco, na Califórnia, até Fortaleza no Ceará em 1993. Desde esse dia nunca mais parei.
Já viajei desde o o Alaska até a Antártica e também até o Everest de moto. A chama da aventura e do desafio me motiva a continuar viajando pelo mundo e compartilhar todas as histórias vivenciadas através de meus livros, deste site e das redes sociais.
Viajando para cada um desses destinos, busco mais de mim ao mesmo tempo que inspiro pessoas a percorrerem a estrada da vida rumo à realizacão de seus maiores sonhos.